REFLEXÃO SOBRE OS TEXTOS
“Cultura, Sociedade, arte e educação em um mundo pós-moderno”.
Arthur Efland
“A necessidade da Arte”
Fayga Ostrower
Minha reflexão começa na tentativa de unir os textos. Fundir falas baseadas em minhas grandes dúvidas, tentando fundir a cuca com gosto.
A Fayga inicia seu texto comentando aquilo que para mim é dúvida cruel e que oras possuo a resposta nas minhas mãos e oras escorregam me deixando a deriva neste mar sem fim. Então lhe pergunto “s” sem o mínimo de academicismo.
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Arte para educação infantil. Onde entra a técnica deste ensino? Podemos chamar este ensino de “vivência” de “referência”? O que é atividade livre e quais as interferências que o educador deve fazer se é que ele deve interferir. Alias, que tipo de liberdade estamos falando, uma liberdade “moderna” ou “pós-moderna” ou quem sabe de nenhuma das duas? Existe um movimento, um período, uma forma, um molde, um sistema que seja impermeável à falhas? Quem esta na sala, ou melhor, quem “é” na sala? O professor específico, o educador ou um artista? Será que tudo isso se separa? Onde entra o poeta nesta história toda? Arte é sós artes plásticas ou aquela imortal frase “Para viver nos dias de hoje” e sempre “tem que ser artista” diz alguma coisa? O palhaço é um educador?
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Que falta faz um mestre! Aquele que anda sobre a corda bamba com a máxima sutileza. Exibe tensão e relaxamento num bailar como numa brincadeira de roda. O não e o sim a gargalhar juntos. O tao e o ista. O tao art-ista que brinca com a vida sem um pingo de arrependimento. O mestre que faltava em mim não está longe, mas nem perto. Nem acima nem abaixo. Talvez dentro e quem sabe fora. Num apego ao desapego. Num simples que conforta e acalenta aquilo que clamo por com-vivência.
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Olho para trás e procuro o pós-moderno e o moderno que me habitam. Eu passo a ser um micro representante que belisca o original sem visitar o passado quando ao mesmo tempo, presente em minha originalidade encontro resquícios, cheiros da terra que tinge meus pés descalços de cada dia.
Quem sabe morra e me torne árvore. Presa ao chão. Com as mais longas e fincadas raízes. Mas que meu fruto cheire cheiro novo, cor nova, sabor novo.
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Tem uma pitangueira no quintal de amanhã que nunca deu o mesmo fruto e nunca saiu de mesma cor nem mesmo cheiro. “Cê acredita, sô?”.
Rogério Rodrigues
set/08
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